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quarta-feira, 16 de maio de 2012

ESTRÉIA do espetáculo "ROSTO DESTILADO" texto e direção de Ademir Esteves com atuação de Matheus Gherardi. Dias 15 e 16 de Junho às 21h00 no Teatro SantaRosa.

ROSTO DESTILADO
O alcoolismo pode levar a morte.

A dor de quem pede socorro em silêncio, sozinho dentro de um quarto repleto de fantasmas, criados para abrandar a solidão é o chute de partida de Rosto Destilado . Antonio (interpretado pelo ator Matheus Gherardi), representa a busca de soluções para o alcoolismo e coloca ao espectador a maioria das fases vividas pelo alcoolista .
O espetáculo traz a discussão e claridade ao tema, tentando estabelecer a importância de observar os sintomas, o desenvolvimento e as dificuldades advindas do alcoolismo .
Ademir Esteves (autor e diretor), procurou em fatos reais e pesquisas realizadas por Edilaine Silva Gherardi Donato, a maneira mais direta de trabalhar o assunto em cena . O espetáculo é um grande depoimento e espera servir como elemento de apoio aos que sofrem com a doença e, certamente, prevenir a continuidade dela .

domingo, 13 de maio de 2012

Ao meu pai, que nos deixa hoje para renascer em Deus.





Sim. Vou falar de amor e de quanto o tempo pode fazer mergulhar o esquecimento e emergir o perdão .
Lembro-me de minha infância . Nunca foi fácil a vida em minha família; mas tenho memórias de lindas e felizes lembranças. De quando minha mãe (Dona Nêga como a chamam desde criança), contando os trocados comprava um doce de leite em pedaço, quase todas as tardes pra mim e minha irmã. Ficávamos sentados na soleira da porta da sala e ela nos contava histórias dos nossos antepassados. Esperávamos meu pai chegar do trabalho .
À noite, no sofá, assistindo televisão em branco e preto, Adriana minha irmã, ainda solfejando suas primeiras palavras dizia: ‘tô com uma sono! E a gente ria . Depois vieram a escola, o crescimento e as tristezas quando meu pai começou a beber. Brigas, choros, desesperos... Desmoronamento de toda uma estrutura . Acho que foi nessa época que eu comecei a ficar arredio e fugir de tudo que me causava medo . E continuei fugindo muito tempo , pra chorar longe de todo mundo .
Não! Não é auto-piedade.
Eu sabia que todos sofriam e tentavam ser fortes e, cada um, a seu modo expurgava as lágrimas como e onde podia . Depois que meus pais se separaram pela última e definitiva vez, fiquei sem ver meu pai uns 20 anos. O tempo passou e ele teve que voltar a morar comigo e minha mãe. Novamente não foi nada confortável conviver com as amarguras e as mágoas de um de outro . Sempre tentando apaziguar. Fizemos o que tinha que ser feito, provavelmente de maneira torta e muitas vezes desacertadas, mas tentando sempre, tentando .
Nesses últimos anos, eu quis muito que tudo em nossas vidas desse certo (ao modo material das coisas, talvez) e muitos erros cometi, na eminência de marcar a alternativa correta .
Hoje, quando ouvi minha mãe dizendo que perdoava meu pai, senti que ela mesma se perdoava . Todos os meus anos, toda a minha história vieram passear por minha alma .
Sim. O amor é algo que por alguma razão às vezes se esconde dentro de algum espaço em nós.
Deus, mais um espírito que conviveu aqui comigo está indo para Ti. Por favor, deixe que minhas preces chegue aos que estão Contigo e aos que ainda estão aqui comigo, sejam parentes, amigos, próximos, distantes e que eles possam saber que meu amor é sincero . Que eu seja perdoado por quaisquer sofrimentos tenha causado .
Ao meu pai, Adhemar Esteves, dedico nossa história, nosso amor e a esperança de que seja luz intensa a paz na continuação de sua aprendizagem.

Seu filho na Terra, Ademir.

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